Gênero Bacillus spp
Prof. Marcos JP Gomes
ATUALIDADES
Atualmente (2009-2) na “List of Prokaryotic names with Standing in Nomenclature”
do pesquisador J.P. Euzéby há citação de 230 espécies e de 5 subespécies no gênero
Bacillus spp, conforme o site http://www.bacterio.cict.fr/b/bacillus.html
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GÊNERO
O gênero Bacillus (família Bacillaceae) é extremamente heterogêneo, tanto
geneticamente (o G + C % das diversas espécies variam de 32 a 69) quanto fenotipicamente
(tipo respiratório, metabolismo dos açúcares, composição da parede etc). Os estudos do
ARNr 16S e 23S confirmaram essa heterogeneidade e mostraram que o gênero Bacillus
pode ser dividido em muitos gêneros.
Ash e colaboradores, em 1991, utilizaram a análise seqüencial do ARNr 16S de 51
espécies classificaram e caracterizaram em 5 grupos filogenéticos. A organização foi
iniciada em 1992 para criação do gênero Alicyclobacillus que agrupou três espécies
acidófilas e termófilas.
Posteriormente, foram propostos e validados outros gêneros incluindo:
Aneurinibacillus (1996), Brevibacillus (1996), Gracilibacillus (1999), Geobacillus (2001),
Marinibacillus (2001), Paenibacillus (1994), Salibacillus (1999), Ureibacillus (2001),
Virgibacillus (1998) e Lysinibacillus (2007), todos com pelo menos, uma espécie,
inicialmente incluída no gênero Bacillus. O gênero Amphibacillus (1990), Filobacillus
(2001), Jeotgalibacillus (2001) e Halobacillus (1996) são igualmente constituídos de
bacilos Gram positivos, esporulados, aeróbios ou aero-anaeróbios.
CARACTERÍSTICAS MORFOLOCICAS, CULTURAIS E BIOQUIMICAS.
As espécies do gênero Bacillus são bastonetes com extremidades retas ou
arredondadas de tamanhos variáveis (0,5 X 1,2 m até 2,5 x 10 m), esporulados, Gram
positivos ou Gram variáveis (coloração de Gram não é positiva nos cultivos jovens);
Geralmente móveis graças aos cílios peritríquios.
O B. anthracis e o B. mycoides são imóveis. Nas espécies móveis, a motilidade é
variável, segundo a linhagem.
Algumas espécies são capsuladas (B. anthracis, B. licheniformis, B. megaterium e B.
subtilis podem elaborar cápsula formada de polímeros de ácido glutâmico); aeróbios ou
anaeróbios; geralmente catalase positivos; são variáveis ao teste da oxidase.
O cultivo desses microrganismos pode ser difícil, visto que algumas espécies podem
exigir inúmeros fatores de crescimento; aspecto colonial no agar são variáveis e o
fenômeno de dissociação são freqüentes.
O B. anthracis, B. cereus, B. thuringiensis e o B. weihenstephanensis formam
colônias de tamanho grande (2 a 7 mm de diâmetro), foscas ou granulosas e de forma
variáveis (circulares ou não, bordos regulares ou denteadas ou filamentosas).
O B. mycoides e o B. pseudomycoides produzem colônias rizóides e aderentes que se
espalham por todas a superfície do agar em 48 hs.
ref: Disciplina de Microbiologia Clínica Veterinária
FAVET-UFRGS
40 Semestre 2009-2
http://www.ufrgs.br/labacvet/pdf/bacillus200902.pdf em 06/05/10
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